31 de out. de 2015

As matemáticas nossas de cada dia!!!

Sol em Escorpião e Lua minguante em Cancêr.

A matemática, junto com as operações do sistema da economia, como: troca, "comércio", barganhas e escambos; dessas operações que a princípio seriam de utilização do que é da ordem material, se inclúi, muitas vezes de maneira imperceptível mas dominadora, no mundo emocional e espiritual.

Quando se fala sobre o amor, no pontencial do "retorno" que o "investimento" em determinada pessoa possa trazer, pensa-se de maneira "econômica"! Quero trocar com este ou aquele, somar, dividir alegrias e tristezas, multiplicar bens, mas diminuir, jamais!!!  Pensa-se relacionamentos como investimentos, dos quais busca-se retorno fácil e rápido e, por favor, sem riscos.

Esse tipo de discurso acaba por levar a uma noção de valor ponderável ao que é da ordem do imponderável.  Não saber explicar os sentimentos e nem mensurá-los pode levar a uma crise de ansiedade, como se pudéssemos aplicar razões e fosse, a nossa a incapacidade, que nos impede de chegarmos a um resultado.
Assim, fica-se rodando e rodando sobre a questão. O que não se vê é que é impossível aplicar um método específico que pese, meça e quantifique ao que é da ordem de outra natureza, a imponderável.
Essa já foi uma questão para Einsten que morreu sem encontrar uma única equação que explicasse TUDO!!!

O melhor que nos resta então é acalmar a ansiedade, pois a falha não é nossa, mas sim da insistência da ciência cartesianamente sacralizada, idolatrada e secularizada pela ideologia, que insiste em dizer que apenas o que é científico pode ser levado em consideração. Fomos limitados sem notar. Temos que enquadrar tudo a esse modelo que desqualifica qualquer coisa que não se encaixe em seu rígido e limitado sistema!

Deixamos de nos ocupar com o imponderável e com tudo o que pertence ao mundo sutil, Os deuses, os amores, os sentimentos (nobres ou não). Nos vemos tendo que explicar paladares e justificar; sensações e justificá-las; interropemos ou impedímos prazeres por não conseguir explicá-los à luz da razão.

O mundo atual exije explicações bem detalhadas para que possam gentilmente "criar" o que acreditam venha a sanar esse desconfortável vazio interior, criado justamente pela inviabilização do mesmo! Desse modo nos tornamos facilmente capturados pela imposição da insatisfação que reforça nosso lugar de seres desejantes!!!

Coisas para pensarmos .... !

Ótima Lua minguante para todos!!!

5 comentários:

  1. Regina, belo e verdadeiro pensamento. Muito obrigado. Gui

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  2. De nada Gui; que bom que tenha gostado! beijo

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  3. As palavras transitam mesmo entre vários campos. O interessante é que elas carregam certas peculiaridades. A "credibilidade", a "confiança" são utilizadas no âmbito econômico (neste banco vc pode confiar), mas estão escassas nas relações pessoais. Assim como a palavra "investimento" é usada nos relacionamentos caracterizando expectativas de "lucro": quero receber mais do que dou. Sugiro "O amor nos tempos do capitalismo" de Eva Illouz. Afinal, precisamos pensar este entrelaçamento entre vida privada e pública, entre capital e afeto. Bjs e saudades.

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  4. Olá Telma, grata pela contribuição, Saudades também. Beijo grande!

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